quinta-feira, 11 de junho de 2015

A ANÁLISE DE REGRESSÃO LOGÍSTICA CONFIRMOU QUE A PRESENÇA DE SÍNDROME METABÓLICA ELEVAVA O RISCO DE DESENVOLVER ESTEATO HEPATITE NÃO ALCOÓLICA (EHNA) ENTRE SUJEITOS COM DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (DHGNA) APÓS A CORREÇÃO PARA SEXO, IDADE E MASSA CORPORAL. 

Doença de fígado gordo não alcoólico (esteatose hepática) tem sido associada com a resistência à insulina, presentemente definida como síndrome metabólica, cujos limites foram recentemente definidos. Foi avaliada a prevalência da síndrome metabólica em 304 pacientes consecutivos de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) sem diabetes evidente, com base em 3 ou mais critérios de 5 definidos pela US National Institute of Health (circunferência da cintura, glicose, lipoproteína de alta densidade [HDL] -colesterol, triglicérides e pressão arterial). A prevalência da síndrome metabólica aumentou com o aumento do índice de massa corporal, a partir de 18% em indivíduos com peso normal para 67% em obesidade. A resistência à insulina (método homeostase Assessment Model) foi associada significativamente com a síndrome metabólica (provável relação [PR] de 2,5; 95% CI, 1,5-4,2; P<0,001). A biópsia do fígado estava disponível em 163 casos (54%). Um total de 120 doentes (73,6%) foi classificado como tendo esteato hepatite não alcoólica (EHNA); 88% deles tinham uma síndrome metabólica (vs. 53% dos pacientes com esteatose hepática pura; P<0,0001). A análise de regressão logística confirmou que a presença de síndrome metabólica elevava o risco de desenvolver esteato hepatite não alcoólica (EHNA) entre sujeitos com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) (PR de 3,2; 95% CI, 1,2-8,9; P 0,026?) após a correção para sexo, idade e massa corporal. Em particular, a síndrome metabólica foi associada a um risco elevado de fibrose severa (PR de 3,5; 95% CI, 1,1-11,2; P? 0,032). Em conclusão, a presença de várias desordens metabólicas está associada com, uma doença do fígado grave potencialmente progressiva. 

O aumento da prevalência da obesidade, juntamente com a diabetes, dislipidemia, a hipertensão arterial, e, finalmente, a síndrome metabólica coloca uma grande parte da população em risco de insuficiência hepática nas próximas décadas. (HEPATOLOGIA 2003; 37: 917-923). Há uma preocupação crescente com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) em hepatologia clínica. Pesquisas recentes indicam que DHGNA pode responder por aproximadamente 80% dos casos das enzimas hepáticas elevadas na população norte-americana sendo 1 em cada 4 ou 5 adultos americanos, na verdade, tem DHGNA. Dados similares foram obtidos na população do Japão e da Itália. Embora na maioria dos casos, o fígado gordo não torna o progresso de doenças do fígado mais grave, cerca de 20% a 30% dos pacientes têm sinais histológicos de fibrose e necroinflamação, indicando a presença de esteato hepatite não alcoólica (EHNA). Estes pacientes têm maior risco de desenvolver cirrose, insuficiência hepática terminal, e carcinoma. A doença hepatocelular DHGNA está associada principalmente com a obesidade, diabetes, hiperdislipidemia, e resistência à insulina, que são as principais características da síndrome metabólica. As fronteiras da síndrome, anteriormente conhecida como síndrome de resistência à insulina têm sido abaladas. Apenas recentemente, o 3º Relatório do National Cholesterol Education Especialist, Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Cholesterol no sangue em adultos (Adult Treatment Painel III [ATPIII]) fornecia uma definição de alterações provocadas pela síndrome metabólica, com base em uma combinação de 5 categórica e fatores de risco distintos 
(obesidade central, hipertensão arterial, hipertrigliceridemia, baixos níveis de lipoproteína de alta densidade [HDL]-colesterol e hiperglicemia), derivado a partir das orientações das Sociedades Internacionais. A partir da Unidade de Doença Metabólica e do Departamento de Medicina Interna, "Alma Mater Studiorum" da Universidade de Bologna, Bologna, Itália e do Departamento de Gastroenterologia da Universidade de Turim, Turim, Itália.


Dr. João Santos Caio Jr.

Endocrinologia – Neuroendocrinologista
CRM 20611

Dra. Henriqueta V. Caio
Endocrinologista – Medicina Interna
CRM 28930

Como saber mais:
1. Um processo fisiológico comum que pode ser influenciado por uma sinalização mediada por insulina e envolvido na patogênese de ambas as desordens neuropsiquiátricas e metabólicas é a inflamação...
http://hormoniocrescimentoadultos.blogspot.com.

2. Os níveis anormais de agentes imunomoduladores, tal como, citocinas, estão associadas a processos inflamatórios no cérebro e órgãos periféricos, e estudos em humanos e roedores têm demonstrado que a inflamação crônica pode ser um fator chave na patogênese de ambos os tipos de perturbações...
http://longevidadefutura.blogspot.com

3. A ligação entre inflamação e doenças do cérebro não é nenhuma surpresa...
http://imcobesidade.blogspot.com

AUTORIZADO O USO DOS DIREITOS AUTORAIS COM CITAÇÃO
DOS AUTORES PROSPECTIVOS ET REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.


Referências Bibliográficas:
Caio Jr, João Santos, Dr.; Endocrinologista, Neuroendocrinologista, Caio,H. V., Dra. Endocrinologista, Medicina Interna – Van Der Häägen Brazil, São Paulo, Brasil; Marchesini G, Brizi M, Bianchi G, et al. Nonalcoholic fatty liver disease: a feature of the metabolic syndrome. Diabetes. 2001; 50:1844–1850; Grundy SM. Metabolic syndrome scientific statement by the American Heart Association and the National Heart, Lung, and Blood Institute. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2005;25:2243–2244; Grundy SM, Cleeman JI, Daniels SR, et al. Diagnosis and management of the metabolic syndrome: an American Heart Association/ National Heart, Lung, and Blood Institute Scientific Statement. Circulation. 2005; 112:2735–2752; Reisin E, Alpert MA. Definition of the metabolic syndrome: current proposals and controversies. Am J Med Sci. 2005;330:269–272; Reynolds K, He J. Epidemiology of the metabolic syndrome. Am J Med Sci. 2005; 330:273–279; Alberti KG, Zimmet PZ. Definition, diagnosis and classification of diabetes mellitus and its complications. Part 1: diagnosis and classification of diabetes mellitus provisional report of a WHO consultation. Diabet Med. 1998;15:539–553; Balkau B, Charles MA. Comment on the provisional report from the WHO consultation. European Group for the Study of Insulin Resistance (EGIR) Diabet Med. 1999; 16:442–443; Athyros VG, Ganotakis ES, Elisaf MS, Liberopoulos EN, Goudevenos IA, Karagiannis A. Prevalence of vascular disease in metabolic syndrome using three proposed definitions. Int J Cardiol 25. 2007; 117:204–210; Einhorn D, Reaven GM, Cobin RH, et al. American College of Endocrinology position statement on the insulin resistance syndrome. Endocr Pract. 2003;9:237–252; Report of the National Cholesterol Education Program (NCEP) Expert Panel on Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Cholesterol in Adults (Adult Treatment Panel III) final report.Circulation 17. 2002;106:3143–3421; ES, Giles WH, Mokdad AH. Increasing prevalence of the metabolic syndrome among u.s. Adults.Diabetes Care. 2004;27:2444–2449; Athyros VG, Bouloukos VI, Pehlivanidis AN, et al. The prevalence of the metabolic syndrome in Greece: the MetS-Greece Multicentre Study. Diabetes Obes Metab. 2005;7:397–405; Reaven G. Why a cluster is truly a cluster: insulin resistance and cardiovascular disease. Clin Chem.2008;54:785–787.



Contato:
Fones: 55 (11) 2371-3337 / (11)5572-4848 / (11) 9.8197-4706  
Rua Estela, 515 - Bloco D - 12º andar - Conj 121/122
Paraíso - São Paulo - SP - CEP 04011-002
Email: vanderhaagenbrasil@gmail.com 

Site Van Der Häägen Brazil

Instagram

Vídeo
http://youtu.be/woonaiFJQwY

Google Maps:
http://maps.google.com.br/maps/place?cid=5099901339000351730&q=Van+Der+Haagen+Brasil&hl=pt&sll=-23.578256,46.645653&sspn=0.005074,0.009645&ie=UTF8&ll=-23.575591,-46.650481&spn=0,0&t = h&z=17